No passado dia 20 de Fevereiro, a Lista B publicou no seu website – e fez circular na internet – um texto afirmando que a exclusão da Lista C do acto eleitoral do passado dia 18 de Outubro era da “exclusiva responsabilidade da Lista A”.
A Lista B mente.
Na mesma mensagem em que é proferida esta afirmação falsa, a Lista B afirma ser “a candidatura da diferença (!)”.
Percebe-se agora que diferença é esta.
Protegida pelo crescente afastamento dos arquitectos da vida da Ordem, protegida pelo enorme desconhecimento que ainda hoje existe por entre os arquitectos em torno de todo este lamentável episódio, a Lista B mente – e espera, por certo, sair impune.
Não acreditamos que o venha a conseguir.
A Lista B mente porque acredita ser legítimo manipular a percepção dos arquitectos e da opinião pública em torno deste incidente com objectivos eleitorais – mas a verdade é que não basta falar de “valores”, é preciso praticá-los.
A Lista B mente porque acredita ser legítimo confundir o nome com a coisa, chamando a si uma qualquer superioridade moral conquistada pela mera enunciação do seu slogan, “por uma ordem de valores” – mas a verdade é que a conduta moral de um cidadão não se mede pela sua capacidade de se colocar em bicos dos pés.
A Lista B mente porque, tendo participado de todas as reuniões da comissão eleitoral, pretende agora excluir-se das suas responsabilidades nesse órgão – mas a verdade é que foi este órgão colegial, constituído pela mesa da Assembleia Geral da OA e pelos delegados de todas as eventuais candidaturas, o único responsável pela decisão de excluir a Lista C do acto eleitoral aos órgãos nacionais do passado mês de Outubro.
A Lista B mente porque, apesar de ter testemunhado nessas reuniões, em primeira mão, a posição de imparcialidade tomada em todos os momentos pela Lista A, vem agora oferecer aos arquitectos e à opinião pública uma versão deliberadamente falsa do que aconteceu – mas a verdade é que as actas destas mesmas reuniões da Comissão Eleitoral são públicas, estão à disposição de todos no website da OA, e são inequívocas quanto às posições de todos.
A Lista B mente porque acredita bastar fazer a afirmação vaga de ter ganho a causa do Arq. Manuel Vicente em tribunal para se colar, de forma indelével, à única ‘vitória’ ao seu alcance nestas eleições – mas a verdade é que a única posição moralmente inatacável em todo este processo foi a posição assumida pelos órgãos sociais nacionais eleitos democraticamente no passado dia 18 de Outubro.
A Lista B apresenta-se aos arquitectos sob o lema “por uma ordem de valores”.
Fica agora esclarecida, de uma vez por todas, que “ordem de valores” é esta.
No que diz respeito à repetição do acto eleitoral para os órgãos nacionais da OA, os membros da Lista A agiram, na sua qualidade de membros eleitos da Ordem, decidindo não optar por recorrer da decisão do Tribunal, colocando assim o interesse público da Ordem e dos Arquitectos acima da discussão acerca da legitimidade do seu mandato, e dando a palavra final em todo este processo, e de uma vez por todas, a todos os arquitectos portugueses.
Mais do que nunca, estamos convencidos de que todos os arquitectos portugueses saberão julgar nas urnas a conduta de todos os protagonistas deste processo eleitoral.
Mais do que nunca, estamos certos de que este será o ponto de partida para um novo ciclo na Ordem dos Arquitectos. Pela defesa da arquitectura em Portugal, com a Lista A, com todos, pela arquitectura.