DEPOIMENTOS

JOSÉ MATEUS
DIA 29 HÁ ELEIÇÕES

E, entre as 3 listas e candidatos, encontro inúmeras pessoas pelas quais tenho grande respeito, amizade e admiração.

Mas, infelizmente, temos que escolher apenas 1 lista.Estes 3 anos que passei na Ordem, em que assisti a um permanente clima de instabilidade e guerra internas, demonstraram-me que é urgentíssimo termos um presidente com uma visão pacificadora, com capacidade para construir consensos, actuar com ponderação, e, que possua um grande conhecimento do que é a Ordem por dentro.

Entre os 3 candidatos que se apresentam, acredito que o João Rodeia é quem dá mais garantias de o fazer. Aliás, já o fez. Já o provou, não só enquanto esteve na Ordem nos mandatos anteriores, mas também nestes escassos meses até à chegada do acórdão do Tribunal resultante da acção movida contra a Ordem.

Se mais provas fossem necessárias, o modo equilibrado, maduro e digno com que o João Rodeia e os seuscolegas de lista ponderaram esta questão, e a decisão de recorrer, ou não (como veio a acontecer), foi mais uma demonstração da sua capacidade para colocarem de lado os seus interesses pessoais, dignificando a Ordem e os arquitectos.

Entre o modelo de Presidente da Ordem integrando um órgão colegial (Conselho Directivo) e um Bastonário "iluminado" e com o poder de veto, não tenho dúvidas de que prefiro o primeiro modelo.

É o modelo defendido pela Lista A, encabeçada pelo João Rodeia.Quanto à definição das competências das Secções Regionais e dos Núcleos e Delegações, a Lista A prevê a revisão urgente dos Estatutos da Ordem e a abertura de uma ampla discussão, cruzando todas as gerações e sensibilidades, sobre como fazê-lo de forma acertada.

Evitando discursos eleitoralistas (que seriam "úteis" nesta altura), é esse o caminho certo. Em geral, no que diz respeito aos Estatutos da Ordem, que têm condicionado o seu funcionamento de forma muitas vezes inadequada, a Lista A tem uma visão reformista e democrática.

Há que avançar urgentemente com esse trabalho.
Sabe quem já passou pela Ordem, que as funções de Presidente pressupõem a disponibilidade para enfrentar um trabalho gigantesco, para o qual, será necessária uma enorme energia, disponibilidade e dedicação. Particularmente no momento presente, em que a Ordem enfrenta um contexto de alta complexidade, é necessária uma dedicação exclusiva.
O João Rodeia já demonstrou que a tem.

É fundamental para a Ordem um projecto e uma lista em que um dos principais objectivos seja a defesa e promoção da arquitectura, com particular ênfase, sem demagogias, na defesa das boas práticas. A Ordem não pode existir para promover os interesses de minorias nem, sob pretexto de defender os interesses da maioria, pactuar ou ser tolerante com a mediocridade.

É essa a lógica defendida pela Lista A.

Finalmente, desejo para a Ordem um projecto global, ideias coerentes e capacidade conciliadora. A única lista que se apresentou a eleições para a Direcção Nacional e para as Secções Regionais foi a A, o que confirma a sua capacidade para procurar consensos e gerar uma visão global e integradora, da Ordem e de quem para ela quer trabalhar.

É por isso que um invulgar número de arquitectos do nosso país, que sempre demonstraram pela sua prática uma superior exigênciaprofissional, aceitou figurar entre os apoiantes da Lista A.

É por isso que vou votar na Lista A.

É fundamental a participação de todos os arquitectos no acto eleitoral desta semana. Perante o empenho generoso e entusiástico dos inúmeros colegas que trabalharam duramente para constituir as 3 Listas que se candidatam nestas eleições, é importante que todos façamos uma demonstração de enorme civismo e empenhada participação.

Se assim for, daremos dos arquitectos uma óptima imagem para a Sociedade Civil.

Por isso, é importante passarmos a palavra.

Abraços,

José Mateus